quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Obituário


Paro, penso que na minha amiga distante e tão próxima...
Seu sopro afaga meu rosto e meu corpo sente seu toque.
Me inebria o espírito! Meus sentidos são inundados...
E eu choro, sinto sua falta!
Eu choro, quero você longe de mim!
Choro! Fica comigo!

Entro no caixão inerte, e sinto o frio da madeira que será minha companheira!
Estou numa viagem surreal!

Levo minha chícara com café caliente!
E meu corpo tá quente!
Meus desejos estão ávidos!
Talvez não seja hora de expor meu pus, catarros e vísceras para a putrefação!
Vou gargalhar e sorrir um pouco! Vou distribuir meu café!
Eis a hora!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Escuta porra!!!




O mistério atrai, o mistério distrai!
Começo a entender que o mistério me toma o fôlego!
Pois eu quase gozei, e aquilo que você entendia por divindade me fez rir.
Gritei um palavrão e ele saiu da minha boca acompanhado com o pus da minha dualidade.
Procurei o "feedback" e encontrei o excremento de tudo o que hoje me enoja!
E o coração fica batendo, batendo, batendo, mas não é masturbação.
E apenas a exposição de tudo o que hoje vilipendiado,
e a coragem de seguir a idéia cardíaca, a emoção de um simples momento,
pois quando lhe vi não consegui fazer poesia, em você ela já estava feita!
E era uma nova lembrança, e o nojo agora era diferente...
Meu pus e meu catarro agora saia mais claro!
Simplesmente num beijo queria tocar teu sentimento, as batidas de teu coração...
Sentir que as batidas eram por mim!
Que as divindades que outrora conheci, devo subordinar à simples imagem do Criador!
E, caralho, o mistério atrai! O café em nenhum momento fica morno!
O mistério distrai porra!
Começo a entender que o mistério me toma o fôlego!
É teu beijo que quero!!!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O que digo, o que não quero!


Quero o que completa, a empreitada que não é desfeita!
Quero o horror, o medo, a confusão!
Quero a alegria, a paz, a tranquilidade!
... e o dualismo que apraz os sentidos insalubres!

O vazio não é completo.
Ele continua como amigo verdadeiro!

O café quente cai e mancha a roupa branca!
E o líquido escorre até a genitália! Porra, dói!
E a porra não escorre, porque não é hora da chegada!

Que paradoxo outrora mórbido, estupendo pacto com larvas.
As feridas que são lavadas pelas larvas que se nutrem...
É uma incapacidade que fortalece a alma!
Quero a meia hora de entrar pela porta e escutar, dizer que me adora, é hora do sentimento!
Do romantismo, do amor, do carinho...
de sentir o coração disparar...
de derramar café pelo corpo, e fazer o climax orgástico.

O vazio não é completo.
Ele continua como amigo verdadeiro!
... e o dualismo apraz os sentidos insalubres!