terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Vilipendiando o caos




Estou em caos
Desculpem o transtorno
Estou no cais
Desculpem o transtorno.
Entro em caos e vilipendio o cais.
Estou em Sartre e no cio da Sutra retumbante.
Entro no cais e me orgulho do caos.
Na volúpia da Sutra, buscando o cio e a sensação no Kama Sartre.

Desculpem o transtorno
Estou em caos

 

 

 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Ramsagro

 


Q u e r o  p o e m a s ...

P o e m a s  o r g á s t i c o s.

Q u e r o  o r g a s m o s...

O r g a s m o s  p o é t i c o s.

E o  g o z o  p l e n o  d a  a r t e  d e  o r g a s m a r...

 

O r g a s m a r  o  g o z o ,

O r g a s m a r  a  v i d a ,

O r g a s m a r  p o e s i a ,

P o e t i z a r  o  o r g a s m o.

O r g á s t i c o

 



Quero poemas...

Poemas o r g á s t i c o s.

Quero o r g a s m o s...

O r g a s m o s poéticos.

E o gozo pleno da arte de o r g a s m a r...

 

O r g a s m a r o gozo,

O r g a s m a r a vida,

O r g a s m a r poesia,

poetizar o o r g a s m o.

 

 

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Fétida insanidade


Serei grito, serei pomada, serei dor, serei seringa, serei panaceia.
Serei cidade nos escombros de mim.
Resistência sem coerência e coerência na resistência.
Que venha meus vacilos. Que venha minhas pomadas.

Serei odor, serei fedor, serei fétido, como a vulva não lavada da sereia.
Serei luz que não enxerga, voz inaudível, mas serei um anjo maligno que teima e insiste na masturbação da alma.

Serei corpo sem culpa, sem resgate. Corpo e desgaste. Corpo e desastre.
Serei cidade nos escombros de mim.
Escombros delicados, putos, fétido.
Ogra insanidade dos cantos vindos das tumbas de mim.

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Feneceu...




Fé... feneceu...

Meus santos? Meu santo?
Escafedeu?
Como rezar? Como buscar afago? Como evidenciar o egoísmo no viés espiritual?
Meus santos se converteram... Meus santos plagiaram o adeus, o Deus.
Meus santos transvaloraram os atos, e os fatos ficaram ébrios...
O que feneceu? Fedeu?
Meus santos são ateus, pigmeus, são meus...

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Memórias...



 São memórias que se perdem.

São remembranças que vão e não mais serão valorizadas.

Vívidas histórias que viram fragmentos e aos poucos tornam-se lembranças não lembradas.


Memórias que irão se perder no vácuo frio e inerte da carne que se putrefata.

Memórias que existem e não mais existirão.

O que sou, um dia não mais existirá; e o que serei por um momento o vácuo de uma lembrança que depois não serei mais que um epitáfio na lápide.



terça-feira, 16 de maio de 2023

Tingida... Fingida



Minha fé fingida, tingida de sangue da menstruação.

O absorvente, absorveu o odor da crença, descrença.

Minha fé tingida, fingida do esporro melado da dor incauta.

Inaudita sapiência improfícua por não saber revelar oração.

Minha fé maculada, imaculada quão incólume meretriz.

E vou orar para os santos nus, ateus, sujos.

E mostrar minha reza, minha vela, minha canção, meu desafino e desatino.

Dentro, êxtase, ênfase, ... Fé tingida, fingida e renuncia a tradição, no amplexo pagão.


E em cada respiração, vou me lembrando que sou decepção, pagão, e tenho a fé fingida, tingida, esquecida.


 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Satanizar

 



Satanizemos as coisas  

Satanizemos as crenças. 

Satanizemos os milagres. 

Satanizemos a burca, o véu, a grinalda.


Satanizemos deus, deuses, orgias plurais.

Satanizemos os incautos, cultos, impuros.

Satanizemos as putas, as santas, o cabelo na prexeca.

Satanizemos o milagre que nunca pedi, herdei e nunca quis.


Satanizemos os odores, a hipocrisia e as verdades.

Satanizemos a panacéa, a ignomínia e as virtudes.

Satanizemos os lares, os bordéis e as igrejas.

Satanizemos o odres, odores, bolores.


E a estupidez de quem olha para o santo e reza incólume.

E a estupidez dos que se armam do amor e da violência inaudita.

E a estupidez de lutar contra as hordas fascistas liquidificadas na oração do pastor, do padre, da freira, da cria broxável.

Satanizemos, satanizemos, pois o oremos não deu conta, não dá conta, não satisfez.


Satanizemos a monogamia, poligamia, ... a punheta salva.

Satanizemos a ferradura, resistência, frequência, sexo pundonoroso.

Satanizemos as coisas, os raros, fracos, fortes.

Satanizemos o amor. A busca da oração, o acalanto, o ser.



Satanizemos as virtudes, as cores, as lágrimas.

Que o desatino da minha oração, sejam mais que palavras inauditas, mortas, vilipendiadas.

Que minha oração enalteça a dor do odor maldito, mau dito.

Satanizar é preciso. Renunciar é preciso. Satanizar a esperança, e tornar santo a estrela da manhã, pois amanhã o encanto fenecerá, e rugirá o pranto no alvorço da nudez impura.

Satanizemos a existência.

Que venha a perversão...

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Quisera...

 




Quisera ateu, convergir na ausência da letargia.

Quisera rezar sem crer, e conseguir verborragir vileza, indubitavelmente.

Quisera o endorcismo da matéria espiritual, qual fecal.

Quisera a letargia e congestionar o sabor da fé. Qual o sabor?


Quisera... e quisera ser luto e alegria recôndita.

Quisera gozar com os lastros da lembrança, da volúpia.


Quisera ateu, imprimir o modus operandi de minha liturgia.

Quisera observar obcecado o ritual do sexo espiritual.

Quisera a pluralidade da pornografia na cabeça do pau.

Quisera encontrar o santo ateu, tão meu, tão incólume.




terça-feira, 18 de maio de 2021

Trevas... trevas...

 



Teu aniversário é tão vilipendioso, quanto o hálito que exala.

Qual gozo? Qual covardia? Qual dor?

Mentes... Soubesses gozar e nutrir teu clitóris.

Mentes... Experimentasse o gozo fulgás, e adorastes ser santa e puta.

 

Tua vagina ardia de desejo pelo membro varonil.

Tua boca anseou o semên e eu, fiquei à espreita.

 

Espreita do sexo, da ternura, do pecado, do ultraje, da libido.

Fiquei à espreita da tua candura, e vendo teu sorriso encarnado.

Fitei o morcego e quis essa companhia...

 

Necessitava curtir minhas trevas, meus terrores, os horrores de minhas hóstias.

Os tremores da minha carne que se avizinha para ser carcaça.

 

E nada sei, e tudo entendo... Contemplo e amo o negro girassol.

Tragam-me café.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Caos quente




 Caos em mim...

Onde está a lealdade? 

A descoberta da falsidade, longeva traição. Vazio inócuo em que a alma migra para o espaços soturnos.


Caos em mim...

Púrpura dor purulenta...

Onde está a fidedignidade?

Silêncio etéreo. Incomensurável dor que consome os vãos da paz.


Caos...

Café quente, com a fé que ruge, urge e grita.

Eis o amor despedaçado. E o vigor mantém-se do tamanho da dor ora sentida.