terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Criança


















É como criança que quero estar!

Em teu colo sentir teu calor, teu amor, tua vaidade!
Também sentir teu hálito fétido, e sentir a repugnância desse odor.


Esse coração maluco bate e tem hora que a razão entorpecece o sentido!
Tem hora que não entendo esse devaneio acróstico...
é meio mórbido mas minha infância está aqui diante de ti.


E o que tu queres, meu sexo, minha língua, minha inocência perdida?
Estou aqui só pra te dar amor, completar teu vazio, ser tua panacéia.
Mas você nada quer e se contenta com minha seborréia!


Como sou criança e meu estômago tá encardido, te dou agora minha diarréia!
Quis ser tua razão, tua alegria, teu mais doce sabor...
hoje sou amargo e fedorento aos teus sentidos!


Olha meu café quente! Tá sendo tomado e eu nego ele a você!
Deixo apenas minha infância perdida contemplar o regozijo,
a paz que mereço e que encanta minhas remembranças...
Eis o absurdo e a graça! Eis a meretriz e a santa!
Continuo contemplando e vejo como é bom experimentar a vida.
Entender que a minha maior virtude é conservar meu coração de criança!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Frágil Equilíbrio


























Estou aqui, e continuo aqui!
O que importa, o que se foi e o que será.
Os sinos dobram. Seu badalar é por mim!
E o amor que anseio, que não sei se mereço está ali.
É um equilíbrio... frágil equilíbrio.
Me conhecer novamente!
...o pus, o catarro, a morbidez da alma...
E navegar além do torpor.
Minha merde fede!
Assim como fede o hálito, dessas lembranças repugnantes!
Quero o amor! Quero algo maior!
Quero o que possa elevar meu regozijo.
Quero o vento que me fará voar.
Quero asas de morcego, e enxergar de cabeça para baixo...
Tenho um café quente!... e quero oferecê-lo.

Estou aqui,
continuo aqui!
As lágrimas caem...
Nada mais importa!
Os sinos dobram!
Seu badalo anunciam o amor.
Meu amor... teu amor... Nosso amor!