sábado, 11 de dezembro de 2010

Sombrio



Tuas indumentárias não protegem a nudez da alma!
Onde deixaste teus argumentos?
Porque abandonaste a ânsia pelo ludismo existencial?

Teu pudor se esvai e a vida se dirige sem escrúpulos...
O que desejas hoje?
Onde está o desejo pretérito?

Putrefas os pensamentos permitindo que larvas te saudem!
Larga o pus, solta o arroto da alma, cospe o catarro depressivo!
Reflete em teu café! Esquenta teu café!

Os minutos ferem as horas!
A existência passa, como passa o paradoxo!
Luz e trevas. As indumentárias não protegem tua nudez.

Permita meu café, esquentar tuas lacunas!
Permita meus sentimentos, alegrar teu infortúnio!
Permita meu amor, amar teu coração lúgubre!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Key



O que tenta esconder?
Grito preso! Sussuro solto!
Outono, as folhas caem silenciosamente das árvores. São levadas pelo vento.
Os frutos vão brotar!
Outono, as folhas caem na lápide. Meu epitáfio não está lá!

Quem tocará a chave do coração? Do meu coração?

Porra! Meu café tá muito quente!
Há quem darei este café!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Relativo...




Paro e penso...
tropeços, erros!
Ataques, desgastes!
Nada que compromete a reputação,
mas uma puta relação abriu o coração.

O pé tava na merda, e na merda tinha feijão.
O feijão era corado, o excesso foi arrancado.
O fusquinha ficou parado, cheio de energia pra correr.
Porém, no meio do caminho tinha uma pedra,
e a pedra não fez o fusquinha morrer!

Cadê a porra do café que tava aqui?
O milagre que pedi a Deus não vi!
Se Ele não quis me escutar!... Mas não se conversa só!
Ou a loucura invadiu minhas esporas!
As visceras ficaram expostas, a nudez agora era vista!
E o catarro que cuspi voltou pra minha boca!

Apenas estava fascinado pela rara beleza.
Hoje me surpreendo com tua besteira!
Já não te amo e meu café tão quente ficou,
que logo encontrei a porra desse café.

Estou aqui,
parando e pensando!
Cadê o milagre?
Sou cego ou não consigo enxergar.
O insulto é relativo, tão relativo quanto a interpretação das ações mal observadas.
Eu amo, amo, amo mesmo! Meu café continua muito quente!