quarta-feira, 27 de abril de 2011

Prepotência...


















Virá o dia em que não falarei nada,
e nada direi, pois não mais existirei.
E os que chorarem minha inexistência,
não vão sentir a dissabor de minha prepotência.

Minha sapiência pavoneada nas palavras, olhares e nos atos auspiciosos.
Sei que sou pó, e minha inexistência me leva ao pó.
E ainda assim trago à mente minha história...

Fracassos, tristezas, lamentações, unidas as alegrias, gozos, vitórias...
Amigos deixo, amigos que criei e que nunca esquecerei.

Onde está os traços que marcaram meus passos?
Onde se encontra a verdade que libertou meu olhar?
Quem me dera gozar da humildade, tributada pela simplicidade!

Dá-me o gládio, a palavra e o castigo que mereço.
E concede-me somente paz e tranquilidade no meu vil parto.