terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Vestígios...
























Tá com a mulesta!
Te vejo passar como um soneto poético,
e me inspira a pena. Pena? Hoje eu digito.
Mal pego na caneta. Caneta? Minha mão parece perneta.

Mal caibo em mim mesmo, e penso que não é apenas dormir, trabalhar, divertir.
É ir, e estar além do que posso ver e ouvir.
Voar sem ter asa...
E argumentar com um vernáculo ignorante.

Se não caibo em mim, não é orgulho.
É o imenso vazio, infinito que descortina o véu da alma,
pois sou emoção incontida, loucura repentina.
Vestígio de alegria, som e tristeza, que adorna o véu da alma.

Quando te vejo não crio poema, pois o sentimento emudece,
e a poesia que já está feita, é tu e teu andar romântico,
que desperta a entonação, a canção afinada...

A canção que não consigo cantar está em você.
Razão infinita, que faz o dia não envelhecer,
mesmo sentindo as rugas me aproximarem da certeza funérea,
entoarei jubiloso, a certeza de amar e me sentir infinito.