terça-feira, 16 de maio de 2023

Tingida... Fingida



Minha fé fingida, tingida de sangue da menstruação.

O absorvente, absorveu o odor da crença, descrença.

Minha fé tingida, fingida do esporro melado da dor incauta.

Inaudita sapiência improfícua por não saber revelar oração.

Minha fé maculada, imaculada quão incólume meretriz.

E vou orar para os santos nus, ateus, sujos.

E mostrar minha reza, minha vela, minha canção, meu desafino e desatino.

Dentro, êxtase, ênfase, ... Fé tingida, fingida e renuncia a tradição, no amplexo pagão.


E em cada respiração, vou me lembrando que sou decepção, pagão, e tenho a fé fingida, tingida, esquecida.