quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hora Noturna






























De súbito, elevei meu pensamento de encontro ao teu,
a fim de estar próximo de meu amor.
Quis a panacéia para os lamentos interiores,
estando junto daquela que preencheria o vão da vacuidade.
Os ecos entoavam uma canção sórdida,
e o sarcasmo dos pretéritos feriam como aguilhão minhas lembranças.
O grito urrado, espantava os morcegos em minha caverna.
E anseio, que a língua ferina apodreça em meio a vermes pútridos.

Qual o nome da estrada perdida, que não consigo encontrar?
É teu amor que preciso para curar meu coração ferido!
Onde estava meus pensamentos quando cego agi sem consciência?
É teu amor que desejo, pois não quero mais as fezes inócuas.

E o punhal que penetra, rasga o lado negro e sombrio que atormenta a alma cansada...
Teu carinho me faz ajoelhar de devoção.
Teu cheiro me amordaça os sentidos.
Teu coração projeta minha superstição.

E tudo o que preciso é ser amado, para enfrentar o torpor do ódio maculado.
Vem, amada minha!
Vem insuflar em minha alma o sentimento, pois a esperança que está desperta,
ilumina a verdade que interessa ao meu coração,
pois um amplexo e um beijo é o que mereço nessa hora noturna.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sereno



















Fatídico,

o dia em que nuvens sopraram minhas lembranças para longe.
Longe da culpa, e do rancor subtraído da ira arquivada.

Sereno,
o momento em que me enxerguei nu, e lá estava a plena náusea.
Náusea pelo sentimento, de conhecer a mim mesmo.

Naveguei, e encontrei parido a estupidez da existência.
Duro, não estar preparado para ver a minha idéia.
Conhecer o inconcebível e rever a tolice dos erros dúbios.

Basta estar contigo ou comigo mesmo para preencher a vacuidade?
O que houve de errado então? Sou apenas aquela folha que cai vagarosamente...
Ou quem sabe a fruta que apodrece sobre a raiz exposta?

É outono...
apenas um sentimento melancólico se aproxima,

como se aproxima a esperança de uma brisa nova.

Um sorriso, uma solidão... a ternura de teu encanto.
E adoeço!.. arroto e cuspo pus negro.
Negro como a noite que se avoluma... o estado incólume pueril.

Epitáfio!
Não, não estou pronto para a morte.

Já vivo morto, porém num estado laical de espiritualidade involuntária.
O café, quente feito uma moléstia, pronto pra ser degustado.

Fatídico.
Sereno.
É outono, o sopro angelical de tua face toca meus lábios.
Formosura que excede minha loucura.
Tudo fede e nada mais fede...
É fatídico, muito mais sereno, sereno, seren... sere... ser... se... s... ...