segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sereno



















Fatídico,

o dia em que nuvens sopraram minhas lembranças para longe.
Longe da culpa, e do rancor subtraído da ira arquivada.

Sereno,
o momento em que me enxerguei nu, e lá estava a plena náusea.
Náusea pelo sentimento, de conhecer a mim mesmo.

Naveguei, e encontrei parido a estupidez da existência.
Duro, não estar preparado para ver a minha idéia.
Conhecer o inconcebível e rever a tolice dos erros dúbios.

Basta estar contigo ou comigo mesmo para preencher a vacuidade?
O que houve de errado então? Sou apenas aquela folha que cai vagarosamente...
Ou quem sabe a fruta que apodrece sobre a raiz exposta?

É outono...
apenas um sentimento melancólico se aproxima,

como se aproxima a esperança de uma brisa nova.

Um sorriso, uma solidão... a ternura de teu encanto.
E adoeço!.. arroto e cuspo pus negro.
Negro como a noite que se avoluma... o estado incólume pueril.

Epitáfio!
Não, não estou pronto para a morte.

Já vivo morto, porém num estado laical de espiritualidade involuntária.
O café, quente feito uma moléstia, pronto pra ser degustado.

Fatídico.
Sereno.
É outono, o sopro angelical de tua face toca meus lábios.
Formosura que excede minha loucura.
Tudo fede e nada mais fede...
É fatídico, muito mais sereno, sereno, seren... sere... ser... se... s... ...

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