quinta-feira, 30 de junho de 2011

Paralelo...






























Estive triste, e fiquei triste.
Nada roubado e tudo furtado.

O descanso de quem não está em paz.

E a paz que procurei, foi num milagre que não encontrei.

É a porra da graça, que me deixa sem graça.


A desgraça da garça que sobrevoa meus pensamentos,
incólumes, etéreos, profícuos, profanos!






Estive triste e emudeci quando vi
tua cálida nudez.
Nada roubado e mesmo assim tudo foi furtado,

pois tua palavra calou minha voz.

E com a boca fechada descobri a desgraça de ter a porra de teu odor perto de mim.



Nada de lembranças. Sentimento paradoxal.

Estive triste e não sei até quando.