segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pária
























No dia em que a existência parecer sutil, irei parir meu ideal rumo a insignificância.
É a falsidade que odeio, como pigarro no meu peito.
Não amo o escarro, miro a infelicidade à minha espreita.


Miro a lua, e ela me surpreende, me fornece encanto...
e não desencanto minha tristeza, minha amiga depressão.


Sou tão triste como um epitáfio e tão alegre quanto um sorriso infantil.


Luz que fascina, a falta dela me regozija e ilumina.
Meus ideais parecem um parto feio, sem vida cheio de rancor...
E  não sou assim, é apenas a confusão que preenche...


A existência não é sutil, e ainda assim é tão simplória quanto a árvore, o rochedo, a borboleta...


Qual encanto louco que amei, e aos beijos naveguei!
Qual mordaça prende minha voz?
Teu sorriso me macula...
Não irei parir meu ideal rumo a insignificância.

Sai como escarro, pigarro, catarro...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nas margens...




Estou nas minhas margens. Margens e meus limites.
Marginado pelas intempéries e pretéritos anômalos.
É o que me muda e me torna mais eu.
Apto a ser o que sou, a mudar quando preciso de mim mesmo...
O que antecede minha metamorfose?
É o que me identifica, me jubila, me dá a melancolia amiga.




 


Se corro, mantenho os pés cautos.
Se habito, é em mim que me identifico.
E para habitar em mim mesmo, preciso da loucura e do estereótipo.

Transformar contradição em virtude, e virtude em maldição.


Caminho nas margens e existo tão profundo, quão profundo é o fundo.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Orgasmo vernacular

Palavra...
mais do que ela mesma.
mais do que seu significado.
mais do que sua dignidade.


Não se encerra em si mesma.
É mais do que sexo,
do que a fome e a própria grafia.


Palavra...
mata e rejuvenesce, ressuscita e envelhece!









  
Palavra...
a que me falta,
a que me entorpece.
Me enlouquece...
num papel se prostitui, e quando tento compreender sua vazão de prazer,
sinto bucólica grafia preencher os espaços vagos da alma.


O orgasmo da palavra...
É silêncio...
É grito...
É ardor...
É timidez...
É flor...
É cachoeira...


E a palavra faz a porra do café transbordar...
Palavra que rima com meretriz e puta, com santa e freira.


Palavra do altar, palavra do bar...


Palavras são palavras.
Grandes e pequenas em si mesmas.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Reinvenção...






















Reinvento a mesquinhez...
Reinvento a lucidez...
Reinvento a estupidez...
Reinvento a cortesia...
Reinvento a alegria...
Reinvento a paixão...
Reinvento o coração...


Mas não sei reinventar meu verso.
Preciso de um garfo e de uma máscara.
Um prato, um papel ainda que seja o higiênico...


Reinvento a loucura, a candura, a amargura.
E não sei reinventar o amor...
Ele apenas existe.

Cadê a porra do catarro?
Eu não quero ele em minha xícara...
Quero apenas reinventar minha mudez!!!


E o café quente que vou beber, não tá requentado.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Simplório...

























Não sou raro,
sou excesso,
sou prisão.


Sou calor,
sou diversão.


A morte que surge,
a vida que vem.
O morcego que ruge,
o leão que voa.


Sou exceção,
espécie abominada,
elemento sem noção.


Poeta vivo,
morto na igualdade,
sobrevivendo na diversidade.


E as palavras saem soltas, libertas...
Quem quer café?







segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Desconstrução






















Desconstruo a mim mesmo.
Minha sapiência e orgulho.
O que aprendi me gera dúvida.
E é a dúvida que me atrai e que amo.

Não busco o mórbido, quero a incerteza.
Desconstruo a mim...
Meu ideal  é a idéia que surge e encanta.
Quero a podridão da dúvida!
Quero o horror da existência!
 E não sou frívolo...
Meu café tá muito quente.
Como quente são as indagações e a trepanação cognitiva.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tempo






















Estava sem tempo,

e o tempo que restava masquei como chiclete sem gosto.
Inerte diante do vernáculo que feriu minha alma..
e nada soube dizer.

O verbo calou minha voz.
Quão podre um corpo no esquife, é a mão que bate na minha face!
Mão que rouba, acaricia e esfaqueia.
Membro falso que sou obrigado a sentir...

Continua sem tempo,
tempo soberbo, para lamentar e gozar...
e raptar a vã sabedoria que é moldada no colo lúgubre da alma pecadora.

O tempo não é puro,
o tempo é sagaz...
como brasa que arde, e queima, arranca os furúnculos de meus membros.

Quero o gozo!!!
Quero o tempo!!!

Tempo aveludado de simplicidade, não o tempo algoz.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Verbo suado














Transpirando a ausência,
palavras que exprimem inocência.
Todavia, a ignomínia se faz voraz nesta reincidência.
Qual o motivo de arrancar verbos simplórios nesta ardência?

Vide o genuflexório, o carma no altar, e a cama suja pelo sexo bendito.
Vide a impureza e a reflexão, a alegria carcomida pela sofreguidão.

Não permito empalar os pronomes poéticos,
arranco deles o pus santo e o catarro vernacular.


Transpiro a loucura,


mordaça madura, algema que cura...
Vide meu santo, a razão e a profecia...
... e o horóscopo nada diz, pois ninguém sabe falar dessa estranha harmonia.

Estou só, e não me permito sentir a solidão.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Delirio existencial...
















Nova vida, luz e harmonia!!!

E já não quero ser quem eu sou!!!
Se não sei onde estou, apenas visualizo o anseio pretérito...
Ou meu futuro mais que perfeito, que provoca a vertigem ora descontrolada.

Meu spa é minha loucura!
Minha tormenta é meu travesseiro.
É na força bruta que navego...
E amanhã é sempre um dia novo para regurgitar, vomitar, cuspir, arrotar e voltar a sentir o gosto de meu escarro!
E a vida é bela!
Como belo é o pus! Como bela é a flor!

Minha flor, meu amor, meu louvor!

Já não quero ser quem eu sou.
Meu delírio na efervescência de minha existência.
Tão plena como o coração de pedra que ora é de carne.
Não quero mágoa.
Não quero ser que eu sou, para continuar sendo o que sou!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Futuro Clandestino





















Contemplo minha cova, que fede a carne carcomida,

o cadáver purulento, aos poucos se extasia,
em oblar-se a sádicas rapinas como excelente comida,
mas apenas vermes escrotos vão torná-la vazia.

Jaz a criatura enegrecida no silêncio imperturbável,
a morada clandestina aglutina a decomposição.
A companhia do epitáfio, alvitra o incomensurável,
congregando dos ínferos a fúnebre emoção.

Ao mirar a essência desprovida, sou tomado pelo pavor,
da matéria fria, inerte a putrefar aos bolores funéreos.
Grito à brisa, que afaga a grama que embeleza este terror:
– Serei eu esta carniça, minguando um vazio etéreo.

Minha existência preludia a corruptividade,
e penso apenas no legado do vegetal lenhoso,
que sombreará e se nutrirá de meus restos em atividade,
com as frutas saboreadas por um outro prelúdio putreftoso.





Escrito em 06/05/2003

Apaixonado

















Quando se pensa no desiderato do coração.

Não se entende, ninguém segura,
se alastra formidável.
Não se explica é formidável.

Rompe grilhões, destroi barreiras.
Seduz todas as potências,
tudo tem novo sentido.
Quando se pensa no desiderato do coração.

Teus olhos iluminam minha face,
teus lábios umedecem os meus,
teu sorriso no mais recôndito do meu ser.
Extraem alegria onde esquecido
estava adormecido.


Eis-me então, pensando…
Se é loucura, louco quero ser.
Se é sensatez, não serei insensato.
Apenas esse verbo toma conta de mim,
e nele ando vagando.

… Apaixonado!!!




Escrito no ano de 2001.

domingo, 7 de agosto de 2011

Anátema














O que rompe. O que destrói.
Palavras... verbo maldito!
Seja anátema!


E anátema, meu travesseiro!
Nada sei!!!

Apenas a dor que alimento.
Apenas o odor que experimento...

Meu coração ama, deseja... não destrói.





terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nu...














Hoje quero as coisas que quero,
me desfaço e me refaço,
e teu hálito como coisa putrefata,
faz teu semblante de meretriz rasgar o verbo mau dito.




Inóspito a lembrança de tua presença,
e o luar é companhia auspiciosa
para as lágrimas que vertem teimosas.
Não quero teu amplexo, teu afago, tua essência.




O que importa?
Deixo apenas a brisa tocar meu corpo sem indumentária.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Paralelo...






























Estive triste, e fiquei triste.
Nada roubado e tudo furtado.

O descanso de quem não está em paz.

E a paz que procurei, foi num milagre que não encontrei.

É a porra da graça, que me deixa sem graça.


A desgraça da garça que sobrevoa meus pensamentos,
incólumes, etéreos, profícuos, profanos!






Estive triste e emudeci quando vi
tua cálida nudez.
Nada roubado e mesmo assim tudo foi furtado,

pois tua palavra calou minha voz.

E com a boca fechada descobri a desgraça de ter a porra de teu odor perto de mim.



Nada de lembranças. Sentimento paradoxal.

Estive triste e não sei até quando.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Escarro...












É o que não queria,
e quando menos esperei,

me senti triste, pela ausência e presença de tua loucura.

É necessário acostumar-me com minhas chagas,
e das chagas arrancar a força para galgar a existência.
Existência que pena numa indecência ignomínia,
e essa vergonha verter a lama dentro de minhas veias.





Estou áspero,

espero meu cortejo,
pois em meu caixão quero olhar.

Nele quero colocar minha ingratidão, ódio e torpor.
Cada mazela que afaga minh'alma, e depois escarrar na tampa desse esquife.


Se alguma coisa me causa dor,

é a lacuna de ser consciente e imperceptível.
São e louco...
Abstrair a bruta ardência, do espetáculo voluptuoso.

Sou fera, maluco, cavaleiro errante.
Louco, doido verdadeiro, de juízo amordaçado e pensamento encorpado.
Vivendo a eterna sublimação da existência nunca moderada.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Misantropo...






















Não fui, nada consegui e aqui fiquei.

Tão simples como um vagalume.
Tão complexo como o ódio humano.


Não sou misantropo. Tampouco um pária.
Amo a solidão e a solidão me convida a ser seu amigo.


Solidão nas rosas negras,
solidão na raposa à espreita.
Solidão na meretriz noturna,
solidão na freira silenciosa.


E a morte me convidou a ser solitário,
e não aceitei pois uma companhia estava procurando.
E solitário não viveria, sem o amor daquela que meu coração queria.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Maldito...






















Porque escrever o que não será lido?

Porque ler o que não é escrito?
Uma indumentária que não combina com a alma.
Uma forma de gritar, mesmo que não seja ouvido.

Estive a espera de teu sorriso e recebi o escarro como recompensa.
Recompensa?!!! O que fiz pra merecer essa soberba?
Porque escrever o que não será lido?
Os sinos dobram e ninguém quer escutar.
Os sinos chamam e ninguém quer atender.

Estou lendo palavras inexprimíveis, e elas não chegam a ninguém.
Estou de atalaia e o momento oportuno, arranca de meu peito o tormento soturno.
Encontro a amiga morte, que apetece meus ouvidos com a idéia fatídica.

Porque escrever o que ninguém quer ler?
Porque exprimir versos para um público sarcástico?
Amiga morte, diga se sou mau dito.
Me revele o que é ser maldito.
E neste flagelo que experimento, dá-me o singelo amplexo, e retira de mim o odor das flores que vão enfeitar meu jazigo!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Lúcido...




















O pensamento que tive, feriu minha lucidez.
E o momento de empatia, machucou minha simpatia.
É uma tristeza que livremente expõe seu vício.
Vício da derrota, do amor e da amargura.

Os pássaros voam na direção exata,
e meu esforço hercúleo não me enobrece a firmeza.
Os sinos já não movimentam o badalo,
e a riqueza que tinha foi furtada como um leme sem capitão.

É a tristeza que assombra, embora não pareça ser minha companhia.
É teu amor que preciso para preencher o vão da vacuidade.
É teu amor que anseio para alegrar meus dias fúnebres.
É a porra do teu amor que enlouquece meus sentidos.

Ao contrário que muitos pensam, minha loucura permanece imaculada, cheia de esperança, vaidosa e plena de lucidez estupenda.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Prepotência...


















Virá o dia em que não falarei nada,
e nada direi, pois não mais existirei.
E os que chorarem minha inexistência,
não vão sentir a dissabor de minha prepotência.

Minha sapiência pavoneada nas palavras, olhares e nos atos auspiciosos.
Sei que sou pó, e minha inexistência me leva ao pó.
E ainda assim trago à mente minha história...

Fracassos, tristezas, lamentações, unidas as alegrias, gozos, vitórias...
Amigos deixo, amigos que criei e que nunca esquecerei.

Onde está os traços que marcaram meus passos?
Onde se encontra a verdade que libertou meu olhar?
Quem me dera gozar da humildade, tributada pela simplicidade!

Dá-me o gládio, a palavra e o castigo que mereço.
E concede-me somente paz e tranquilidade no meu vil parto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sem encanto...




















Esperando estava, esperando esperei.

E a porra do catarro que engoli, provocou uma repugnância igual a tua discrepância.
Estive em Paris, em Paris estarei.
O pária que falou comigo, me deixou tão só, que nem comigo mesmo consegui ficar.

Vi, morri, pequei e magoei
e nada me satisfez quando errante caminhei.
Em estradas pisei e nos sonhos enfim a encontrei.

Quando bradei tua presença, clamei por teu sorriso.
Só não rastejei, a fim de que minha existência não reflita a demência que macula a inocência.
E junto a mim, percebi o odor funéreo.
Nele não houve encanto,

pois ainda não é o momento para o fatídico tormento.

É o tempo da harmonia dar o amplexo à minha tristeza.

E corroborar como paradoxo esquizofrênico, que só encontra regozijo com a própria sapiência.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Amor e perfeição














Autor de minha miséria,
reconheço a minha cobra peçonhenta.
E o medo que me invade
faz-me urrar a dor de não possuir o amor em tua pureza.

Quando teu amor vai chegar?
Quando os sinos vão dobrar a tua chegada?
E sigo na esperança de recuperar o que perdi.

Macabra é minha estratégia,
de não tirar da alma a marca grudenta.
E a vida se transforma em saudade.
Saudade do sorriso, que para minhas trevas, ilumina e concede certeza.

Medo e insubordinação,
coragem e submissão.
O paradoxo que macula o sentimento.

A pressa que vive meu coração,
é pela presença da primavera,
que traz a paz junto com minha prima Vera.
O que vive sem pressa,
é o sentimento que nunca padece,
que afugenta ilusão,
pois a esperança é que o futuro recomeça.
E um dia haverá amor e perfeição.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mais próximo de mim...






























Pra sair de mim,

e não estar mais dentro de mim.
Inculto, etéreo...
Crio meu pseudônimo,
para fugir de mim mesmo
e me enxergar parecido com aquilo que sou.

Pois além do que há em mim,
trevas, escuridão, soberba, rouquidão.
Alegria, harmonia, regozijo, paraíso.
E meu jardim sem flor, com estrume, com capim.

Para sair de mim,
e estar mais próximo de mim.
Crio meu pseudônimo,
e encontro meu semblante impuro.
Tão brilhante como a luz que não improvisa.

Estou aqui,
e não estou mais aqui.

São meus minutos arrancados, roubados.
E a desarmonia de minhas horas,
se transformam em segundos harmônicos.

Para sair de mim,
e estar mais próximo de mim.

terça-feira, 29 de março de 2011

Minha morte...
















Muitos esperam minha morte,

e minha morte é que muitos suspiram.

E o suspiro da padaria caiu na privada,
e na privada a lágrima falsa,
falsa como a morte que me espera sentada.


Vai enfezada, porque minha morte enluta o mendigo,
a meretriz que chora pelo dinheiro não mais recebido.
A lágrima verdadeira do cão que companheiro foi,
quando estava a vomitar e escarrar minhas lembranças.




Muitos esperam minha morte,

e minha morte é o que mais espero.
Às vezes, o que menos espero...
porém o que atiça a curiosidade, a libertinagem, vagabundagem,
é minha morte, verdadeira sorte dentro dessa mazela cotidiana.

Vem porra, meu caixão já tá cheiroso igual sabão de barbeiro.
As flores que tive acesso, são de plástico!
Assim como o amor que tu me deste,
era pouco e nada restou...
Falsa tua lágrima, e verdadeira minha morte!

Infortúnio?!

Em momento algum.
A sorte agora é minha amiga,
dela faço rotina e a ode vespertina...
minha morte agrega festa, tesão e tensão.

Muitos esperam minha morte, todavia quem mais espera ela, sou eu!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pária...
















Com parcimônia conserva a tristeza,

junto com a beleza da alma clara, iluminada e cheia de lágrimas.
A vocação foi e esgotou o insípido sabor de tua palavra.

Degusta o fermento da voz colaborativa,
e deixa a idéia contemporânea requalificar o aroma inodoro.
O coração cheio, permitiu transbordar o semên que originou tua vida.


E todas as coisas estão como elas devem estar.
A forma decadente, nada possui de caliente,
e oferecido à meretriz tua visão mais nobre, a fim de que não te orgulhes de tua existência.


Existe qual átomo, neurônio... bactéria, vírus mortal...

Tua ciência não te dá cognição devida, reação natural, imaginação real.
És um pária, nada mais que um pária, parido de uma puta.

terça-feira, 22 de março de 2011

Pra Fora...














Aqui encontra-se a índole perdida.
O amor desfeito, a poesia dadaísta.
E tua dúvida, assombra a mais pura pergunta.
Quando irás galgar os degraus eternos?

Aqui encontra-se a porra da xícara vazia.
O vaso sanitário com tua merda voraz.
E teu pensamento tolo, macula o simples sorriso.
Em que momento despirá tua alma impura?

Não permita que a lágrima verta dos olhos limpos.
Limpos, por nunca terem visto tua ignomínia.
Nunca terem visto a pútrida marca de tua demência.

Até quando as indumentárias estarão sujas?
Esperam o labor que outrora desejaste?
Ou, a hipocrisia reina na tua face ardilosa?


Dize-me apenas que nunca mais irei te ver, sentir teu hálito cálido.
Não quero mais!
Não me aproximo mais!
Vai com tua alma ardilosa, soltar o urro pela derrota hoje vivida.

Se este momento,
igual tormento,
arranca um sentimento.


Agarro a alegoria,
pois não tenho correria,
para viver a alegria.