Pra sair de mim,
e não estar mais dentro de mim.
Inculto, etéreo...
Crio meu pseudônimo,
para fugir de mim mesmo
e me enxergar parecido com aquilo que sou.
Pois além do que há em mim,
trevas, escuridão, soberba, rouquidão.
Alegria, harmonia, regozijo, paraíso.
E meu jardim sem flor, com estrume, com capim.
Para sair de mim,
e estar mais próximo de mim.
Crio meu pseudônimo,
e encontro meu semblante impuro.
Tão brilhante como a luz que não improvisa.
Estou aqui,
e não estou mais aqui.
São meus minutos arrancados, roubados.
E a desarmonia de minhas horas,
se transformam em segundos harmônicos.
Para sair de mim,
e estar mais próximo de mim.
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