quarta-feira, 6 de abril de 2011

Amor e perfeição














Autor de minha miséria,
reconheço a minha cobra peçonhenta.
E o medo que me invade
faz-me urrar a dor de não possuir o amor em tua pureza.

Quando teu amor vai chegar?
Quando os sinos vão dobrar a tua chegada?
E sigo na esperança de recuperar o que perdi.

Macabra é minha estratégia,
de não tirar da alma a marca grudenta.
E a vida se transforma em saudade.
Saudade do sorriso, que para minhas trevas, ilumina e concede certeza.

Medo e insubordinação,
coragem e submissão.
O paradoxo que macula o sentimento.

A pressa que vive meu coração,
é pela presença da primavera,
que traz a paz junto com minha prima Vera.
O que vive sem pressa,
é o sentimento que nunca padece,
que afugenta ilusão,
pois a esperança é que o futuro recomeça.
E um dia haverá amor e perfeição.