terça-feira, 29 de março de 2011

Minha morte...
















Muitos esperam minha morte,

e minha morte é que muitos suspiram.

E o suspiro da padaria caiu na privada,
e na privada a lágrima falsa,
falsa como a morte que me espera sentada.


Vai enfezada, porque minha morte enluta o mendigo,
a meretriz que chora pelo dinheiro não mais recebido.
A lágrima verdadeira do cão que companheiro foi,
quando estava a vomitar e escarrar minhas lembranças.




Muitos esperam minha morte,

e minha morte é o que mais espero.
Às vezes, o que menos espero...
porém o que atiça a curiosidade, a libertinagem, vagabundagem,
é minha morte, verdadeira sorte dentro dessa mazela cotidiana.

Vem porra, meu caixão já tá cheiroso igual sabão de barbeiro.
As flores que tive acesso, são de plástico!
Assim como o amor que tu me deste,
era pouco e nada restou...
Falsa tua lágrima, e verdadeira minha morte!

Infortúnio?!

Em momento algum.
A sorte agora é minha amiga,
dela faço rotina e a ode vespertina...
minha morte agrega festa, tesão e tensão.

Muitos esperam minha morte, todavia quem mais espera ela, sou eu!

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