sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ser






















É o que percebo...

o sonho que cá dentro me invade,
vem como vento que me faz sentir real.

É o que acho...

Uma luz que ilumina os atos,
e torna simplório os meus fatos caóticos.

É o que imagino...
histórias de trancoso dando significado às viscissitudes,
ao elucubrar a intempérie transmorfa das pobres lembranças.

É o que quero...
longos tempos em novos ardores, eternidade do que é verdadeiro,
renascimento numa exterioridade interior.


É o que escarro...
o substrato putrefaz, a insipiência estética da arroto metafísico.
A imagem repugnante da maledicência fedentina destes atos.


Se nunca imaginei o percurso assombrado dos atalhos criminosos,
não torno redundante a panacéia para as feridas, às vezes...
inativas, passivas, cálidas, explicitamente mórbidas.



Se o amor que imaginei hoje está em minhas mãos,
não serei platonista, nem realista...
Deixe-me apenas sentir a evolução do sentimento no coração,
pois brinquei com catarro, e descobri que novamente te amo.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Elucubrações
























Passeando e elucubrando...

reinventando o existente,
e despertando em minha mente,
o sentimento latente!

Onde ela está, para me beijar a boca?
E despertar meus instintos sacanas,
e me fazer sonhar com aquilo que nunca vi?
Se uma vez te cheirei é porque não tinha o que fazer...

Tu foste apenas passatempo.
Em minha lembrança, vem um ingrato tormento.
Como um espantalho que invade e me faz urrar de dor ultrajante,
pois ultrajante foi a ignomínia que senti,
quando teu hálito saiu como uma flatulência...

Tão horrendo como aquele cadáver a putrefar!
Assim mesmo que vejo o ignóbil sentimento de teu coração.
Nada conservo hoje, somente a infâmia de ter ansiado por um vazio...

Vazio existencial, que
ora me toma e assalta minha fortaleza.
Todavia, a xícara de café continuo segurando,
e ornamentando com indumentárias insignes...
do erário pouco caso faço, pois o importante é o que reside no coração!

De infarto não sei se vou de deixar de existir,
porém a cada vez que vejo a que meu coração ama,
palpita-me o cárdio e as lágrimas inundam.


De certeza?
Que um dia estarei lúgrube,
com um epitáfio sobre
meu corpo cadavérico.
Mas, em minha alma o amor,
somente o amor,
totalmente o amor por ti...

Minha linda,
minha rainha,
meu prelúdio putreftoso como eu...