sábado, 11 de dezembro de 2010

Sombrio



Tuas indumentárias não protegem a nudez da alma!
Onde deixaste teus argumentos?
Porque abandonaste a ânsia pelo ludismo existencial?

Teu pudor se esvai e a vida se dirige sem escrúpulos...
O que desejas hoje?
Onde está o desejo pretérito?

Putrefas os pensamentos permitindo que larvas te saudem!
Larga o pus, solta o arroto da alma, cospe o catarro depressivo!
Reflete em teu café! Esquenta teu café!

Os minutos ferem as horas!
A existência passa, como passa o paradoxo!
Luz e trevas. As indumentárias não protegem tua nudez.

Permita meu café, esquentar tuas lacunas!
Permita meus sentimentos, alegrar teu infortúnio!
Permita meu amor, amar teu coração lúgubre!

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