terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vernáculo sentimental














É como verme transmorfo, que transformo o teu hálito mofado.

Estava enfrentando a amargura, por sentir tua força numa clausura,
e quando menos esperei, encontrei o fim do presságio que torturava.

Que presságio provocava dor, e maculava o sentimento puro?
O pão alimentava, o pão faltava, o pão mofava...
E tua boca beijava, e cada vez mais almejava teu lábio úmido.

É a idéia repentina que alimenta o verbo inaudito, calado.
Da panacéia que aguardo, não vejo sinal, percebo dor, tortura.
E tua voz rouca ecoa nos pontos cardeais, a certeza que me amava.



Tira a porra da palavra da boca, chora teu coração impuro,

como pão duro, velho, joga fora essa mazela.
E sentirás o amor mensurado, na ferida de teu sentimento funesto.


Tira a roupa, mostra teu corpo nu e vem satisfazer o encanto perdido.

Bebe de meu café quente. Deixa a língua queimar com a nova emoção.
E só assim então, sentirás e saberás que o lugubre lamento
já não tem vez no sentimento...


O excremento recheado no lábio purulento não possui mais o sabor pútrido!

Meu coração descobriu um novo encanto...
Não sei quem inventou o amor,
apenas sei que hoje ele é reinventado.


















Nenhum comentário:

Postar um comentário