quinta-feira, 10 de abril de 2014

Papel higiênico...



Papel higiênico que usei... e embriaguei a via nasal com a violência que expelia em teu perfume insano.
Papel higiênico usado por Bukowski, naquele momento de êxtase, quando sua vodka encontrava o nirvana louco.
Papel higiênico usado como cigarro... e o fumo? O fumo era o estrume da boneca Emília.
Papel higiênico... e o fedor é intenso! Porém, mais intenso é a necessidade de usá-lo pra limpar das fezes filosofais.
Limpar das fezes corruptas... fezes da maldade... fezes da ignomínia.



Papel higiênico? Colorido, perfumado, suave, rabugento!
Melhor papel higiênico do que folha ofício.
Melhor papel higiênico do que folha de cansanção.
Melhor papel higiênico usado, do que a podridão desse hálito.
Melhor papel higiênico usado, do que a podridão dos humanos.






Papel higiênico... traz-me café.
Papel higiênico... liga o som e deixa fluir o progressivo som do Gênesis.
E a gênese?... quando se entra apertado no banheiro... e o rastro de pneu fica na cueca!

Papel higiênico... abre a cerveja gelada... traz-me o tarja preta.



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