Queria dar cabo à existência! Dar um cabo de aço para a existência prender os grilhões que ajuntam telhas de melancolia! A verdade inaudita... O caos mau dito...
Tortura infame que renova a idéia fictícia. Lúgubre a imaginar zumbis que se alimentam de mel! Infeliz a meditar na fim da vida. O poder destruidor da matéria orgânica, que jaz fria nessa mesa gélida do nosocômio.
...absurda, obtusa. Parece medusa! e a frescura me tortura por cada loucura sem cura.
Medonho, é a disforme idéia que retira o que há de nobre, nos minutos passados dentro das horas impróprias. Calo... nada falo! E o falo ficou ereto... Tão ereto quanto os pensamentos puros! Tão diabólico quanto a risada angelical! Tudo é absurdo! O café quente, a borboleta que voa, a conversa efêmera, e o grito manifesto... Tanta frescura, que cada vez sinto a pueril idéia lancinante... ... Sou tomado pelo desprezo ao vil e ordinário. Nada quero...
Dizem que sou um verme, e estou à espreita de existir pacificamente comigo mesmo. À espreita de tornar suportável o convívio com minhas intempéries. É uma voz que fala, não faça, não cale, não grite, não pense, e outra que surge imperando o grito, a ação, a voz, o pensamento. E minha existência parece maculada...
Sou apenas um verme que existe, e ama o ser romântico.. Apegado a rebeldia repleta de atitude, rebeldia consciente, madura... E o rock é minha marca, nele meus desabafos, vitória contra o stress....
Existo não apenas por existir, existo como um verme que sente a dor por existir. Que meus passos sejam completos, repletos da decência impura e da indecência santa. Existo e promovo qualidade à minha essência.
Pensei... Pari uma idéia. A idéia me matou! Matei a sapiência com o café que tava quente e esfriou. ...e nos minutos que foram vividos, o que era torpe virou moda. Senti prazer com a catinga da axila, e não queria essa porra próximo de minhas narinas.
Fui!! Que idéia é essa que me faz parecer um rabugento? Não preciso do leite, apenas uma cerveja gelada, um bom poema e o paradoxo de minha existência... Não me permito sofrer com o meu descompasso.