quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Obituário


Paro, penso que na minha amiga distante e tão próxima...
Seu sopro afaga meu rosto e meu corpo sente seu toque.
Me inebria o espírito! Meus sentidos são inundados...
E eu choro, sinto sua falta!
Eu choro, quero você longe de mim!
Choro! Fica comigo!

Entro no caixão inerte, e sinto o frio da madeira que será minha companheira!
Estou numa viagem surreal!

Levo minha chícara com café caliente!
E meu corpo tá quente!
Meus desejos estão ávidos!
Talvez não seja hora de expor meu pus, catarros e vísceras para a putrefação!
Vou gargalhar e sorrir um pouco! Vou distribuir meu café!
Eis a hora!

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